Como fazer um FMEA de processo?

 Montar a Equipe

Ao determinar a elaboração de um FMEA, o primeiro passo é definir quem fará parte da equipe. É importante que a equipe seja multidisciplinar, que haja colaboradores experientes no processo e também colaboradores com conhecimento teórico e prático na ferramenta FMEA. O processo de elaboração do FMEA é longo, por isso é essencial montar uma equipe qualificada e que possa contribuir para o seu bom andamento.

 Rever o Processo

Após montar a equipe, é necessário rever o processo que será analisado. Utilize o fluxograma do processo para identificar cada componente do processo. Se ao fazer essa revisão encontrar muitos componentes, é melhor separar em partes menores para que a análise seja mais eficaz.

 Determine os Modos de Falha Potenciais

Um modo de falha é definido como a maneira pela qual o processo poderia fazer com que o produto não seja expedido ou não forneça a função pretendida. Para isso, é interessante verificar situações que já deram errado em algum momento no passado, realizar um brainstorming em grupo e analisar as reclamações de clientes.

 Determine os Efeitos Potenciais da Falha

O efeito potencial é a consequência ou impacto que as falhas poderão acarretar ao processo. Dessa forma, para cada modo de falha detectado, será necessário analisar qual será o impacto dela no processo. Um modo de falha pode gerar mais de um efeito.

 Determine o Grau de Severidade

O grau de severidade representa o quão grave é o efeito da falha, ou seja, o quão grave é o impacto que a falha gera se ela acontecer. A pontuação é de 1 a 10. Quanto mais grave, maior deve ser a severidade.

 Liste as Causas Potenciais da Falha

Uma causa da falha é uma indicação do porquê o modo de falha poderia acontecer. A informação deve ser clara e concisa, para que os controles e ações sejam direcionados às causas apropriadas.

 Determine o Grau de Ocorrência

O grau de ocorrência é a chance da falha realmente acontecer. A pontuação é de 1 a 10. Quanto maior a probabilidade, maior deve ser a pontuação de ocorrência.

 Liste os Controles Atuais de Prevenção e Detecção da Falha

Os controles de prevenção são controles para evitar que a causa da falha aconteça, por exemplo: manutenção, monitoramentos. Já os controles de detecção são os controles utilizados para detectar a causa da falha, quando ela ocorrer.

 Determine o Grau de Detecção

O grau de detecção é quão fácil ou difícil é percebido o modo de falha, ou seja, quais são as chances da falha ser detectada antes que ela ocorra. A pontuação é de 1 a 10 também. Porém, nesse caso, quanto mais fácil é a detecção, menor deve ser seu valor, quanto mais difícil, maior deve ser a sua pontuação. Por exemplo: se há algum esforço para detectar essa falha mais rapidamente, a detecção deve ter uma pontuação baixa.

 Calcule o NPR ou RPN

NPR significa Nível de Priorização de Risco e ele é resultado da multiplicação entre a pontuação do grau de severidade, grau de ocorrência e grau de detecção. Portanto,  NPR pode variar de 1 a 1000.  O método PA (Prioridade de Ação) abrange todas as 1000 combinações possíveis de severidade X ocorrência X detecção e foi criado para dar mais ênfase primeiro à severidade, depois à ocorrência e, em seguida, à detecção. As tabelas de classificação de Prioridade de Ação estão disponíveis no Manual FMEA AAIG & VDA e se dividem entre prioridade alta, média e baixa.

 Ações para redução dos riscos

A partir da classificação atribuída no item anterior, é preciso definir as ações que serão tomadas para redução dos riscos e melhoria no processo. Elabore um plano de ação, determine os responsáveis e o prazo de conclusão para cada ação. Posteriormente, é preciso colocar em prática as ações determinadas e na sequência, avaliar a sua eficácia.

 Recalcule o NPR resultante das ações

Após elaboração e implementação, é hora de realizar a avaliação de eficácia das ações. Para isso, recalcule o NPR. Isso é importante para avaliar o impacto que as ações implementadas tiveram, se atingiram o objetivo proposto.

Perceba que o processo do FMEA é contínuo. Portanto, toda análise deve ser registrada e constantemente atualizada, inserindo todas as informações que forem surgindo.

 

 O Módulo Processo Monitorado do Portal ISO permite o controle de qualquer tipo de processo, incluindo a elaboração e implementação do PFMEA. Você poderá definir atividades, responsabilidades, checklists, formulários personalizados e utilizar inúmeras funcionalidades, por exemplo: 5 Porquês, Diagrama de Ishikawa, Planos de Ação, Relatórios Personalizados. Adicionalmente, você poderá solicitar a criação de quaisquer funcionalidades exclusivas que possam ser úteis para melhorar o seu processo de análise de riscos. Para quem deseja conhecer melhor as funcionalidades do Processo Monitorado do Portal ISO, é possível realizar um teste gratuito. Para mais informações, clique aqui.